Ainda ouço badaladas do relógio,
lembranças sonoras da infância
poderia agora fazer o necrológio
imagem do pai fina importância.
Livro santo numa velha mesinha,
nas refeições leitura obrigatória,
saciar o corpo e mente levezinha,
as imagens assaltam a memória.
Quando a luz se apaga é um breu,
um abajur parece um pirilampo,
onde mariposas vagam como eu,
o derradeiro olhar para o campo.
O susto ao som de doze badaladas,
assombram o menino já na cama,
a reza aflita com a voz entalada,
medo do pesadelo era seu drama.
Toninho
16/04/2025
Grato pela visita.
Tem postagem nova em Mineirinho-passaredo
Nossos sentimentos para com a Chica
pela perda de sua irmã Tânia.
Bom dia de Paz, querido amigo Toninho!
ResponderExcluirSão marcantes as memórias que temos da infância que jamais vamos nos esquecer. Talvez tenha sido a melhor parte do nosso livro pessoal.
Seu poema está cheio de figuras que despertam emoção ao ler.
Os pirilampos e mariposas pousam fazendo companhia a quem não vive no breu interior.
O Livro Santo esteve presente em nossas criações.
Tenha uma continuação de Santa Semana abençoada!
Beijinhos fraternos
Que nossa querida Chica seja consolada pelo Santo Espírito!
ExcluirBjm
Obrigadão,Roselia! bjs
ExcluirAgora voltando pós todas as cerimônias da despedida da Tânia,agradeço teu carinho!
ResponderExcluirCheguei a arrepiar ,emocionar com tão linda poesia! Adorei! Obrigadão pelos carinhos todos! Tânia enfim descansou, seguimos a vida ainda tristes, mas com o sorriso dela a nos guiar... E ela não gostaria que parássemos de rir, brincar, levar normalmente nossa vida...abração,chica
Toninho, que gesto mais bonito o seu… Seu poema tocou fundo e trouxe um acolhimento cheio de amor para a nossa querida Chica. Em momentos assim, palavras ganham ainda mais valor e as suas chegaram como um abraço.
ResponderExcluirChica, sigo te enviando meu carinho e minhas orações. Que a presença da sua irmã siga viva em cada memória e em cada afeto que te rodeia.