O Blog pensando em família da querida Norma está completando 6 anos e ela criou uma BC_era uma vez para que cada participante contasse um trecho de sua historia de vida e se possível ilustrasse com uma foto da época. Minha participação está aqui e no blog Mineirinho confiram e veja outras participações aqui: /pensandoemfamilia.
Era
uma vez um menino traquina, que viveu no interior das Minas Gerais na pequena Itabira.
Vivia com liberdade de brincar, caçar passarinhos. Era exímio jogador de bola e
todos o queriam nos seus times quando da escolha no par ou impar. Seus pais
eram religiosos e já se preocupavam com o catecismo para a primeira comunhão.
Mas ele queria apenas suas pernas soltas pelo mundo.
Mas
eis que chegou a hora. Não teve como escapar e para o encontro com as irmãs de
caridade que ele chamava de andorinhas devido o habito preto e branco que
usavam. As andorinhas viviam nos adros das igrejas e torres. O menino não
matava andorinhas, por medo do padre que mandava na cidade como o delegado de
policia.
Quando
aproximou a grande festa da primeira comunhão, os meninos foram para a primeira
confissão com o padre José Lopão. Os pecados eram articulados e decorados por eles,
como: não roubar, não falar palavrão, respeitar pai e mãe e os mais velhos, ir à
missa aos domingos. Mas no grupo tinha um menino zoado e justamente ele foi o
primeiro a confessar. Tensão total na igreja. Ele ficou de pé no confessionário
e o padre já se irritou com ele em voz alta, medo geral e sorriso amarelo.
De
repente o padre começou a gritar, rogando praga contra o menino. Ai o padre
gritou que ele era um capeta e que iria para o inferno, montado nas costas de
sua mãe, que não lhe aplicava um corretivo. Foi um corre-corre entre os bancos da igreja, porque os pecados eram
todos iguais e decorados. Qual destes pecados o menino zoado teria dito? Só sei que o menino fugiu da igreja como um raio pelas
ruas de pedra.
Quando
de volta às suas casas os meninos encontraram o menino zoado próximo de um
parque ainda de olhos arregalados e todos quiseram saber que pecado ele havia errado
e na sua simplicidade ele disse:
“Eu
disse ao padre, que quando minha mãe mandava fazer alguma coisa não fazia e ainda
sapateava para ela.”
Foi
uma gargalhada geral, pois todos sabiam desta pirraça e arte do menino com a
mãe. Hoje quando se encontram, com gargalhadas eles sempre lembram o falecido
padre Lopão aos gritos e a correria do menino. Por muito tempo eu guardei o
segredo do menino, pois ele era meu primo irmão adotivo.
Toninho
Agosto/2015
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Tem outra historia lá : mineirinho
Ha! Ha! ótima essa, mas feio o padre! Muito bem! Amei sua história! Beijos e uma linda semana!
ResponderExcluirBoa tarde Toninho, muito boa e bem humorada esta história!
ResponderExcluirDeu até para imaginar o Pe. Lopão aos gritos e de braços no ar;))!!
Um história hilariante e bem demonstrativa de como nos era ministrada a religião há uns anos atrás.
Adorei!
Um beijinho,
Ailime
rssssssss..Adorei! Cada uma ! E que padre esse!!! Credo! Boas risadas valeu! abração,chica
ResponderExcluirMuito engraçada e a forma contada dá para imaginar a cena.,rs,rs, Agradecimentos duplo pela participação e diversão. bjs
ResponderExcluirOi Toninho! Estou sumida do blog, mas já já volto. E aproveitando a minha volta, vim visitar os amigos!
ResponderExcluirRi muito aqui com a sua história, ainda mais que os padres antigos era linha dura e sistemática! kkkkkkkkkkk
Beijos!
Olá, Tonin!
ResponderExcluirPadre "Loucão", isso sim. O que visitava a região rural onde eu vivia era bonzinho, jogava bala prá criançada.
Tão bonitinha sua foto de criança!
Um abraço
Toninho,
ResponderExcluirAmeu sua história de infância, amigo!
Que padre, hein? Quem será que era o capeta? KKK
Você estava muito elegante na foto, viu?
Cheio de charme, eu diria.
Já fiquei por aqui...
Bjksss saudosistas
Toninho,
ResponderExcluirAmeu sua história de infância, amigo!
Que padre, hein? Quem será que era o capeta? KKK
Você estava muito elegante na foto, viu?
Cheio de charme, eu diria.
Já fiquei por aqui...
Bjksss saudosistas
Oi Toninho, que história de novela.. rs... Imagine o Padre correndo hihihi.
ResponderExcluirEsse texto deveria ser complemento no título com .. e o menino traquino..rs
Adorei!!!
Essa do sapateado foi ótima e a gente não tira da lembrança...
Linda foto.. e a música é uma das minhas preferidas que adoro cantar... Sempre haverá um menino, um moleque quando a bruxa assombrar..
Beijão!!!
Oi Toninho! Uma riqueza de história contada aqui através da sua participação! Engraçada e ao mesmo tempo séria ao nos mostrar a rigidez dos tempos passados. Ainda bem que as doutrinas religiosas tem mudado e melhorado um pouco. Abraço! Renata
ResponderExcluirBoa noite, Toninho
ResponderExcluirMuito bem escrita sua história.
Me diverti lendo.
Um forte abraço de
Verena e Bichinhos
Boa noite, Toninho.
ResponderExcluirQue padre era esse?
Está certo que devemos respeito à nossa mãe, contudo, ele exagerou, rs.
Tadinho do seu primo-irmao.
Adorei.
Ah, você já gostava de esporte e sempre foi um passaro desde cedo!
Beijos na alma.