Esperança tardia.
Uma
casa simples e bonita na praia, janelas e portas amarelas. O sol a aquecia pela
manhã e despedia-se dourando a ilha. A noite era iluminada pela Lua e o rosto
triste dela ficava mais bonito na janela. Ali Julieta em crise fez sua morada,
fugia do passado. Era cantora, notava-se pelo canto afinado, às tardes ao pôr
do sol. Havia sempre um sabiá a lhe fazer companhia.
Vivia
só, até que na véspera de Natal pela tarde, apareceu um jovem à sua procura. Da
janela o viu, o sorriso acendeu, esfregou os olhos sem acreditar no que via. Foi ele seu amor, que a deixara por um projeto
na Europa. Por instante reviveu a triste partida com todas as incertezas.
Abriu
seu coração e a porta amarela. O sorriso de boas-vindas. Um longo beijo selou o
reencontro numa cena muda. Os olhos falaram por eles. Por instante a vida parou,
o sabiá cantou no telhado, chamando atenção. Ela entendeu o canto e cantou aquela
canção para deleite do amado.
Numa
manhã o sabia cantava triste a estranhar a janela fechada. O sabiá voou do
telhado para a janela. Bicava ruidosamente
a janela de Julieta. O silencio reinou. Um papel se viu pregado na porta, que
era bicado pelo sabiá, que desiludido voou para um coqueiro. No papel estava
escrito:
-Vendida.
Toninho
25/06/2021
Gratidão pela
leitura
Bah! Que lindo conto! Tua inspiraçãoé grandiosa,Toninho. A principio imaginei que haviam fechado a porta pra reviver todo aquele amor... Depois, a placa vendida... Adorei e dá margem à várias interpretações . Muito legal! Obrigadão! abração, ótimo fds, aqui tempo chuvoso, raios, tudo de cinza que possa haver no exterior... Aqui na torcida que não falte luz, pois a qq ventinho já falta! Aff.. chica
ResponderExcluirBom dia de sábado, querido amigo Toninho!
ResponderExcluirQue lindo o final feliz da mulher e seu amado!
Gosto de finais felizes.
Pena que o sabia iria sentir tanto a falta da musa cantora que com ele afinava um hino de Amor.
Tão bonito ela cantar para o amado. Deve ter sido "as manhãs de setembro" mesmo sendo dezembro.
Música tão bonita que fazia tempo não ouvia.
A certeza da volta dava forças à mulher que ficava à espera.
Excelente conto cheio de poesia nas entrelinhas! Parabéns!
Tenha um final de semana abençoado junto aos seus!
Paz e saúde a todos da sua numerosa família.
Beijinhos carinhosos e fraternos de paz e bem
Fico sempre sem palavras para para o comentar. Você é realmente muito bom em tudo o que faz!
ResponderExcluir.
Sonhei ser o calafrio do momento ...
.
Beijos, e um excelente fim de semana..
.Simplesmente BRILHANTE.
ResponderExcluir.
Feliz fim-de-semana … cumprimentos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Um conto fabuloso!
ResponderExcluirBom fim de semana
Abraço
Que maravilha de conto, Toninho. Ainda bem que o final foi feliz. Casaram-se e foram para longe buscar o futuro. Enquanto eu lia empolgada imaginando qual seria o final desta história de amor. "E viveram felizes para sempre".Abcs.
ResponderExcluirUm conto muitíssimo bom. O amor sendo revivido com intensidade traz mudanças lindas.
ResponderExcluirBom domingo, Toninho. Grande carinho
Olá, Toninho!
ResponderExcluirConto excelente. As mudanças acontecem.
Até os sabiás as sentem.
Muito bom visitar seu blog.
Um abraço!
A casa foi vendida e Julieta acompanhou o seu grande amor em uma viagem para Europa. Lá foram felizes para sempre.
ResponderExcluirSerá?
Magnífico conto, Toninho.
Um carinhoso abraço
Verena.
Apesar dos desencontros, a estória prende a atenção e fica com gostinho de quero mais.
ResponderExcluirExcelente participação poeta!
Abraço
Uma capacidade muito criadora!
ResponderExcluirInspiração em alta.
Boa semana com saúde e paz.
Beijinhos
:)
Boa tarde Toninho.
ResponderExcluirEu tive o mesmo pensamento, comentado por Verena logo acima...
O amor quando se encontra, quando juntos trabalham por essa parceria árdua e magnífica, vale a pena sempre!
Linda participação...
Abraços,
Juliana.
Que belo conto, Toninho, e cheio de reflexões! Música suave, não conhecia, gostosa de ouvir.
ResponderExcluirTudo muda o tempo todo e com as mudanças às vezes mudamos a rotina de envolvidos (que muitas vezes nem sabemos). Como uma planta grande que podamos interferindo nas vidas que ali habitavam.
Ainda bem que o sabiá ainda sabia voar.
Abraço, parabéns e ótima semana!
Lindo e sensível conto, amei do princípio ao fim, mesmo morrendo de pena do sabiá que ficou sem sua companhia de canto nos fins de tarde!
ResponderExcluirAbraços fraternos!
Bom dia, Toninho!
ResponderExcluirUma pérola este conto residência do amor. Excelente.
Renata e Laura