No último dia Quaresma era noite de Lua Cheia, então foi para a praça, sentou-se no velho banco a esperar. De repente o vento começou a assoviar melancólico. Com mão no queixo ficou atento. O vento varria as folhas secas, em meio à elas apareceu uma linda mulher de branco.
Sem medo ficou a admira-la, então deram as mãos e andaram pela rua vazia. Extasiado a beijou sentindo-se num paraíso, sentiu como flutuasse, no instante em que soaram as badaladas do relógio à meia noite. Estava de frente para a rua do cemitério. Nova ventania a arrebatou de suas mãos em direção ao cemitério, sumindo na noite, para sua decepção.
Mas estava tão feliz que nem se importou, deitou-se no banco, adormeceu. Na manhã seguinte relatava e ninguém acreditava, mas ele apenas repetia, que nenhum medo o faria desistir do seu sonho.
Toninho
30/03/2021
Grato pela
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